Participei da 1ª edição do Campeonato Cuiabano de MTB XC, a trilha do CMTG foi palco dessa primeira etapa, pra ser sincera nem sei como concordei com isso, (risos). Bom, tudo começou com a empolgação dos meus amigos ciclistas ao meu redor, que na verdade eles é que estavam interessados (risos), logo queriam me ver lá também junto deles (bom saber disso), já que a prova era aberta inclusive aos iniciantes, então fizemos as inscrições. O que não faltou, foi incentivo para participar de um campeonato onde só havia atletas veteranos na categoria masculina, enfim, resolvi encarar essa aventura sozinha na categoria feminina, que, aliás, já havia me tornado campeã, sendo que não havia concorrência, diziam todos ao meio de tiradas e risadas, divertido foi.
Treino e Tomada de Tempo
Sábado, dia 20 um dia antes da prova, lá fomos nós encarar o reconhecimento da trilha e fazer a tomada de tempo em uma tarde de chuva e frio. Eu já estava com frio na barriga e nem havia descido do carro ainda (risos), sem nenhuma técnica e treino, o que me ajudou foi meu preparo físico, uma vez praticante de corrida há 5 anos e treinos constantes, sem dúvida foi isso que me ajudou no domínio na pilotagem da bike, ladeira abaixo e altas subidas. Mesmo assim, achei a trilha bem perigosa, entretanto, havia trechos bem bacanas e divertidos que até me esquecia que estava pra competir e passava devagar pra contemplar o lugar que era fantástico (durante a trilha). Como atleta amadora, resolvi encarar os treinos e a prova no meu ritmo, sem forçar meu corpo.
O ponto que eu mais temia era logo no início da trilha, onde o desafio era passar por uma vala de paredões estreita onde só passava um a um, aquilo pra mim foi o mais assustador, as árvores no alto e eu naquele buraco, as paredes escorriam lama pra todos os lados, sem apoio para os pés nas paredes, tudo muito escorregadio, raízes, galhos e degraus de pedras. Eram tantos obstáculos como tronco de árvores, inúmeras pedras de todos os tamanhos e formatos, que estavam bem no meio da trilha, galhos de árvores tudo para dificultar a prova e muito jogo de cintura. E nas subidas, só descendo da bike, empurrar no braço e força nas pernas. No fim do reconhecimento, com tempo de 16 min., decidi não participar mais, mesmo não levando a sério a prova, reconheço que não gostei desta brincadeira de trilha e cronômetro ligado, não é comigo. Mas com certeza, encaro uma trilha sem pressa pra chegar e pra curtir um visual.
Enfim, amigos em volta me encorajando ao retorno e a equipe técnica não se contentou com minha desistência, resolveram baixar minha volta para 2 (duas), já que havia só eu mesma (risos) ganhei direitos na alteração da categoria feminina que eram 4 voltas e o masculino 8 voltas, num circuito de 1.380 metros aproximadamente. Partindo para tomada de tempo oficial, dessa vez não fui só, fui bem acompanhada pelo professor e personal biker Carlos Padhero, fazendo novamente todo circuito, sendo que nessa volta levei um tombinho nada sério, me levantei e segui em frente, tempo 17 minutos.
Dia da prova
Domingo, dia 21, frio e sem chuva. A trilha estava mais seca e sem lama. Muita insegurança, afinal ali não era um território do meu domínio, e o jeito foi encarar com bravura e com muito bom humor. Incrível com haviam participantes, sendo que no sábado, não estavam metade deles, mas tudo bem. Hora da prova, eu e meu amigo Carlinhos fomos os últimos da fila, afinal eu prezava minha segurança (risos). O Bernardo participou dos treinos, conheceu a trilha e no domingo não sentiu bem, contudo não participou da prova, mas estava lá, colaborando com a organização do campeonato, bacana isso.
Após a largada, na descida do corredor dos paredões, encontrei o Carlinhos trocando de bike com um colega que queria muito competir, havia arrebentado o cabo do passador de marcha. Após esse gesto tão generoso e nobre, Carlinhos para mim já foi um campeão nesse momento, oferecendo sua bike para o amigo competir, onde muitos no seu lugar talvez não fizessem o mesmo. Afinal, estávamos ali mais para curtir do que competir. Parabéns, amigo! Seguimos em frente, ele com a bike do amigo e eu na minha, fomos juntos até o fim, com direito a muitas gargalhadas durante a primeira volta, e cedendo passagens a toda hora aos atletas que ali estavam competindo, com isso gastei preciosos tempos na trilha, mas me diverti “pacas” ao lado do meu amigo-figura (risos).
Na segunda volta, ele ficou, já que não estava com a bike em condições de seguir em frente e lá fui eu encarar a segunda volta. De cara, a descida e o corredor dos paredões, passagem sinistra, eu ficava imaginando que uns dos atletas iriam se aproximar em alta velocidade e gritar de longe “vouuu passar” e não deu outra, o que eu fiz naquele momento assustador? O jeito foi parar e grudar na parede e encostar a bike junto ao meu corpo e permitir a ultrapassagem, que pânico. Mas sabe, é uma prova onde o respeito e bom senso são fundamentais. Ele foi educado em me esperar. Ceder lugar na trilha aberta é bem mais fácil, encostar fora da trilha e pronto, já ali não havia jeito, o medo consumiu minhas forças. Enfim, conclui a prova devagar e com muitas paradas divertidas no tempo de 44min. e 23seg e sem quedas.
Desculpe aos apaixonados por esta modalidade, pois definitivamente não curti a tal competição, mas vou tentar cumprir as outras etapas. Agradeço aos meus amigos pelo apoio e incentivo, Bernardo, Carlinhos, Juliano, Raveli e ao professor Carlos Padhero.
Espero ver “as meninas que pedalam” nas próximas etapas, ainda temos 4 desafios em locais diferentes pra terminar esse campeonato.
Vamos lá garotas!!!!!
Um beijo e até a próxima aventura, Malu.
Créditos das imagens: Ednilson Aguiar Vieira.
Créditos das imagens: Ednilson Aguiar Vieira.
Muito bom o relato Malu. Sabia que esse episódio renderia uma ótima história.
ResponderExcluirTodo o cansaço de um final de semana inteiro dedicado ao esporte acabou por ser recompensado em presenciar a sua satisfação e entusiasmo em ter realizado mais essa façanha.
Sou privilegiado em ter como amiga a mais destemida das meninas que pedalam.....rsrsrs
Amigo... você é sempre incrível!!!
ResponderExcluirObrigada, beijus!
Valeu MALU, espero você na próxima etapa. Hã, quanto ao tombo, só cai quem anda e ponto.
ResponderExcluirMeus parabens Malu, amei seu relato, e fico muito feliz por saber que esta participando dos campeonatos, ebaaaaa, mais uma para se juntar a nos....bjos mil!!! e boa sorte.e qto ao tombo faz parte...
ResponderExcluirola quando vai ter outra competição eu moro na bahia e em abril to de feria e estou indo para cuiba gostaria de saber se vai ter alguma competição em abril
ResponderExcluirOlá amigo do Blog Bike na Trilha,
ExcluirEu soube que está acontecendo o Campeonato Copa Eco Pantanal. Sei que já passou a 1˚ etapa. Acho que quando chegar aqui vai poder assistir as outras etapas. Tenta achar pela internet através do título no site da Prefeitura de Várzea Grande.
Boa sorte!!