31 agosto 2011

Abra as janelas da sua vida ...

... e deixe que novos ares carreguem o que sufoca. 
Permita que o vento traga novos motivos para que a felicidade invada sua alma.

Caroline Navarini e Sá.

30 agosto 2011

Por que você pedala?

Texto de Rafael Baena Neto
  • Por que você pedala? Porque é gostoso? Porque emagrece? Então, fique sabendo que pedalar pode trazer a você um benefício bem maior do que endorfinas a mais e gordurinhas a menos.
  • Pedalar pode transformar você num cara mais legal.
  • Ou como diriam os budistas, num cara iluminado, um ser humano mais desenvolvido e tal.
  • A bike vai te conduzir a um estado de consciência superior, brother. Não estamos falando de religião.
  • É outra coisa.
  • E não me chame de guru, porque quem vai fazer isso é a bike e não eu. Os resultados começarão a aparecer logo depois da primeira pedalada mas leva bem uns dez anos para a grande transformação. Você vai se tornar um cara admirado e o melhor: não vai dar a mínima para isso.
  • Legal, não?
  • Então vamos lá, pequeno gafanhoto, colha estas linhas de conhecimento plantadas pelos bikers que o precedem e conduza sua própria evolução nesta senda.
  • Sorria. Quando quebrar a bike do seu amigo no meio da trilha, sorria.
  • Quando encontrar seus companheiros de pedal, sorria. E sorria naquele subidão com sol escaldante. Aquela cara de atleta macho de comercial de Gatorade não vai tornar as coisas mais fáceis e, hoje em dia, não engana mais ninguém.
  • Seja auto-suficiente. Leve toda água de que vai precisar, todas as barras energéticas, as ferramentas, bomba de encher pneu e câmaras de ar sobressalentes. Não tem nada mais chato do que um escroque que não leva nada para não ter que carregar peso e melhorar sua performance.
  • Seja generoso. Ofereça com humildade suas frutas cristalizadas, água e se disponha a ajudar seus companheiros em dificuldade.
  • Lembre-se que o escroque é ele (se for o caso) e não você.
  • Aprenda a fazer a manutenção da sua própria bicicleta.
  • E faça. Pelo menos o básico: limpeza e lubrificação, regulagem de câmbio e freio, mesmo que gaste dias para isso.
  • Respeite o trabalho do mecânico. Não queira saber mais que ele. E se souber, fique quieto.
  • Mantenha sua bike sempre em boas condições, mesmo que ela seja antiga.
  • Uma vez fui pedalar com um cara que tinha a lateral dos pneus toda desfiada, a câmara saia em vários pontos do pneu, formava uma bolha e estourava. Não havia manchão que desse conta.
  • Nunca pergunte quanto seu amigo pagou na bicicleta nova. Pode ser uma ofensa grave.
  • Seja honesto quando for vender sua bike e peças.
  • Prefira produtos de empresas que patrocinam ciclistas.
  • Durante as pedaladas, drops e saltos, elogie o desempenho dos outros camaradas, mesmo os menos experientes.
  • Cumprimente os desconhecidos que passarem por você.
  • Ciclistas ou não e principalmente aquele tiozinho numa carroça ou a cavalo que mora ali no meio do mato. Você é quem é o estranho e quem está na casa dos outros!
  • Jamais diga para sua esposa ou namorada que o mountain biking é mais ou menos importante que ela. Diga apenas que são coisas absolutamente diferentes e por isso não se comparam.
  • Se você realmente achar que a bike é mais importante que sua mulher, provavelmente você está com a mulher errada ou tem problemas de auto-afirmação.
  • Pedale em direção ao pôr do sol pelo menos uma vez na sua vida.
  • Pedale na chuva, na lama, no frio, à noite, sob sol escaldante, de madrugada. Explore todas as sensações. E sinta a alegria de poder estar ali. Aliás, agradeça papai do céu por você ter a saúde necessária pra poder pedalar. Lembre-se: sem saúde, tudo fica mais difícil.
  • Faça sua viagem de peregrinação (de bike, lógico).
  • Tome cuidado para não passar mais tempo lendo revista de bicicleta do que pedalando.
  • Feche as porteiras e leve seu lixo sempre. Nada mais incoerente do que olhar aquela linda paisagem no fim de uma subida e nos barrancos ao lado olhar pra garrafas pet, embalagens de barra de cereal e latas de gatorade.
  • Ensine uma criança a andar de bicicleta. Ela nunca mais vai esquecer você.(filho seu não conta).
  • Invente uma boa desculpa e mate uma manhã no trabalho para ir pedalar. Você não acredita como isso vai fazer se sentir vivo.
  • Se você tem mais de dez anos de pedal, faça uma tatuagem com tema de bicicleta. Se tem menos tempo, não ouse. Você pode resolver mudar de esporte e não ter nada para dizer.
  • Não se compare. Sempre vai haver um cara melhor e um pior que você.
  • Nunca reclame.
  • Só fale sobre mountain biking entre mountain bikers.
  • Para as outras pessoas limite-se a responder só o que perguntarem. Nunca toque no assunto, seu chato!

29 agosto 2011

Bicycle Messengers


Um filme animado que fala sobre os mensageiros de bicicleta que entrelaçam nas ruas de New York, destacando a relação peculiar entre os mensageiros e cidade contemporânea em que trabalham.
Direção: Joshua Frankel.

Ava Gardner (1922-1990)

via: riding pretty

Receitinhas - Cookies

Bruna Di Tullio
Ingredientes
110g de manteiga
2 gotas de essência de baunilha
1/2 xícara (chá) de farinha de trigo
1 xícara (chá) de açúcar mascavo ou refinado
1 ovo
1 colher (chá) de fermento em pó
1 xícara (chá) de aveia
350g de chocolate meio amargo

Preparo

Pré-aqueça o forno a 180º C. Unte uma assadeira grande com manteiga e polvilhe com farinha de trigo. Depois, corte o chocolate em pedacinhos numa tábua. Em uma tijela, peneire a farinha de trigo e junte com a aveia e a manteiga amolecida. Misture com as pontas dos dedos até obter uma farofa úmida. Acrescente ovo, açúcar, fermento e a essência de baunilha. 
Misture novamente com as mãos, adicione o chocolate picado e faça bolinhas do tamanho de uma noz. Coloque tudo na assadeira e deixe no forno por 25 minutos.
A receita serve de base para muitos cookies é só criar e trocar o chocolate por outra coisa.

Divirta-se, recomenda Bruna (modelo e atriz brasileira).

24 agosto 2011

Minhas aventuras em um Campeonato de Mountain Bike XC

Participei da 1ª edição do Campeonato Cuiabano de MTB XC, a trilha do CMTG foi palco dessa primeira etapa, pra ser sincera nem sei como concordei com isso, (risos). Bom, tudo começou com a empolgação dos meus amigos ciclistas ao meu redor, que na verdade eles é que estavam interessados (risos), logo queriam me ver lá também junto deles (bom saber disso), já que a prova era aberta inclusive aos iniciantes, então fizemos as inscrições. O que não faltou, foi incentivo para participar de um campeonato onde só havia atletas veteranos na categoria masculina, enfim, resolvi encarar essa aventura sozinha na categoria feminina, que, aliás, já havia me tornado campeã, sendo que não havia concorrência, diziam todos ao meio de tiradas e risadas, divertido foi. 

Treino e Tomada de Tempo 
Sábado, dia 20 um dia antes da prova, lá fomos nós encarar o reconhecimento da trilha e fazer a tomada de tempo em uma tarde de chuva e frio. Eu já estava com frio na barriga e nem havia descido do carro ainda (risos), sem nenhuma técnica e treino, o que me ajudou foi meu preparo físico, uma vez praticante de corrida há 5 anos e treinos constantes, sem dúvida foi isso que me ajudou no domínio na pilotagem da bike, ladeira abaixo e altas subidas. Mesmo assim, achei a trilha bem perigosa, entretanto, havia trechos bem bacanas e divertidos que até me esquecia que estava pra competir e passava devagar pra contemplar o lugar que era fantástico (durante a trilha). Como atleta amadora, resolvi encarar os treinos e a prova no meu ritmo, sem forçar meu corpo. 

O ponto que eu mais temia era logo no início da trilha, onde o desafio era passar por uma vala de paredões estreita onde só passava um a um, aquilo pra mim foi o mais assustador, as árvores no alto e eu naquele buraco, as paredes escorriam lama pra todos os lados, sem apoio para os pés nas paredes, tudo muito escorregadio, raízes, galhos e degraus de pedras. Eram tantos obstáculos como tronco de árvores, inúmeras pedras de todos os tamanhos e formatos, que estavam bem no meio da trilha, galhos de árvores tudo para dificultar a prova e muito jogo de cintura. E nas subidas, só descendo da bike, empurrar no braço e força nas pernas. No fim do reconhecimento, com tempo de 16 min., decidi não participar mais, mesmo não levando a sério a prova, reconheço que não gostei desta brincadeira de trilha e cronômetro ligado, não é comigo. Mas com certeza, encaro uma trilha sem pressa pra chegar e pra curtir um visual. 

Enfim, amigos em volta me encorajando ao retorno e a equipe técnica não se contentou com minha desistência, resolveram baixar minha volta para 2 (duas), já que havia só eu mesma (risos) ganhei direitos na alteração da categoria feminina que eram 4 voltas e o masculino 8 voltas, num circuito de 1.380 metros aproximadamente. Partindo para tomada de tempo oficial, dessa vez não fui só, fui bem acompanhada pelo professor e personal biker Carlos Padhero, fazendo novamente todo circuito, sendo que nessa volta levei um tombinho nada sério, me levantei e segui em frente, tempo 17 minutos. 

Dia da prova 
Domingo, dia 21, frio e sem chuva. A trilha estava mais seca e sem lama. Muita insegurança, afinal ali não era um território do meu domínio, e o jeito foi encarar com bravura e com muito bom humor. Incrível com haviam participantes, sendo que no sábado, não estavam metade deles, mas tudo bem. Hora da prova, eu e meu amigo Carlinhos fomos os últimos da fila, afinal eu prezava minha segurança (risos). O Bernardo participou dos treinos, conheceu a trilha e no domingo não sentiu bem, contudo não participou da prova, mas estava lá, colaborando com a organização do campeonato, bacana isso. 

Após a largada, na descida do corredor dos paredões, encontrei o Carlinhos trocando de bike com um colega que queria muito competir, havia arrebentado o cabo do passador de marcha. Após esse gesto tão generoso e nobre, Carlinhos para mim já foi um campeão nesse momento, oferecendo sua bike para o amigo competir, onde muitos no seu lugar talvez não fizessem o mesmo. Afinal, estávamos ali mais para curtir do que competir. Parabéns, amigo! Seguimos em frente, ele com a bike do amigo e eu na minha, fomos juntos até o fim, com direito a muitas gargalhadas durante a primeira volta, e cedendo passagens a toda hora aos atletas que ali estavam competindo, com isso gastei preciosos tempos na trilha, mas me diverti “pacas” ao lado do meu amigo-figura (risos). 

Na segunda volta, ele ficou, já que não estava com a bike em condições de seguir em frente e lá fui eu encarar a segunda volta. De cara, a descida e o corredor dos paredões, passagem sinistra, eu ficava imaginando que uns dos atletas iriam se aproximar em alta velocidade e gritar de longe “vouuu passar” e não deu outra, o que eu fiz naquele momento assustador? O jeito foi parar e grudar na parede e encostar a bike junto ao meu corpo e permitir a ultrapassagem, que pânico. Mas sabe, é uma prova onde o respeito e bom senso são fundamentais. Ele foi educado em me esperar. Ceder lugar na trilha aberta é bem mais fácil, encostar fora da trilha e pronto, já ali não havia jeito, o medo consumiu minhas forças. Enfim, conclui a prova devagar e com muitas paradas divertidas no tempo de 44min. e 23seg e sem quedas. 

Desculpe aos apaixonados por esta modalidade, pois definitivamente não curti a tal competição, mas vou tentar cumprir as outras etapas. Agradeço aos meus amigos pelo apoio e incentivo, Bernardo, Carlinhos, Juliano, Raveli e ao professor Carlos Padhero. 

Espero ver “as meninas que pedalam” nas próximas etapas, ainda temos 4 desafios em locais diferentes pra terminar esse campeonato. 
Vamos lá garotas!!!!!
Um beijo e até a próxima aventura, Malu.


Créditos das imagens: Ednilson Aguiar Vieira.

Passeio de bicicleta mostra um novo olhar de Nova York



Quinta-feira, 18/08/2011
A correspondente Sandra Coutinho encontrou um ritmo diferente para desvendar Nova York: sobre duas rodas. De bicicleta, é bem melhor para conhecer um dos lugares mais famosos do mundo.

17 agosto 2011

05 agosto 2011

Alinne Moraes

Fonte: Revista Quem

Leis de trânsito no Japão

Em um país como o Japão, em que grande parte da população se desloca de um lugar a outro por meio de bicicleta, não é de se estranhar que haja uma lei de trânsito específica para esse tipo de veículo. 

Em 1º de julho de 2009, entrou em vigor uma nova lei de trânsito para ciclista. Mas antigas regras como pedalar segurando o guarda-chuva, fumando ou falando no celular ainda estão valendo. A infração implica em multa. 

Cerca de 86 milhões de pessoas no Japão têm bicicleta. Em 2006, 2.767 pedestres foram atropelados por ciclistas. E uma das principais causas das distrações dos ciclistas é usar celular ou escutar iPod enquanto pedala. 

Confira abaixo o que não é permitido fazer enquanto se pedala:
- andar embriagado;
- andar com limite de pessoas acima do estipulado;
- andar com a luz da frente apagada;
- andar emparelhado com outra pessoa de bicicleta;
- carregar bolsas nas mãos ou penduradas ao guidão enquanto anda;
- andar de bicicleta usando salto alto ou tamanco japonês;
- andar de bicicleta com uma mão ou sem as mãos no guidão, a não ser que vá dar algum sinal;
- buzinar (ou usar o sininho) da bike para os pedestres saírem do caminho;
- falar ao celular;
- fumar;
- passear com o cachorro;
- usar guarda-chuva.


por: Made in Japan.

03 agosto 2011

Alimentação no cicloturismo

O Cicloturismo é uma ótima opção para quem gosta de andar de bicicleta sem ter o compromisso de uma competição. Nesta modalidade, é importante realizar o planejamento dos alimentos que serão consumidos durante a viagem ou passeio. Como normalmente são transportados em mochila, é necessário optar por alimentos práticos, com uma boa durabilidade, e que não necessitem de refrigeração. A alimentação será fundamental para repor as perdas dos nutrientes gastos durante a prática do cicloturismo. 

Água, bebidas isotônicas e suco de frutas são importantes para prevenir a desidratação. Essas bebidas devem ser ingeridas em intervalos de 15 a 20 minutos, e a quantidade deve ser de acordo com a sua tolerância gástrica. Durante o dia, realize três refeições principais: café da manhã, almoço e jantar, e pelo menos três lanches entre as refeições.

Para repor carboidratos, vitaminas e sais minerais, as frutas secas - como uva passa, damasco e maça seca e castanhas - como castanha de caju, nozes, castanha do pará, amendoim e soja torrada, são boas opções de lanches. Uma boa dica é fazer um mix de frutas secas e castanhas. Barrinhas de cereais são muito práticas.

As frutas in natura podem ser consumidas, mas devem ser compradas nos locais em que passar durante a viagem, pois elas se deterioram mais rápido, impossibilitando seu transporte na mochila. Opções de frutas: banana (que é fonte rica em potássio para prevenir as câimbras), maçã, laranja e pêra, que são frutas de fácil consumo.

A cenoura pode complementar sanduíches, ou ser uma opção de lanche, cortada em palito. Os queijos processados podem compor os sanduíches, pois não precisam estar refrigerados.
Para o almoço e jantar, podem ser os alimentos liofilizados, que são alimentos com menor teor de água e possuem maior tempo de validade, como risoto, purê de batata, feijão, arroz, carnes e clara de ovo, e também os alimentos secos, como macarrão, farinhas e temperos. São alimentos práticos e que garantem e energia diária.

A carne de soja, que é proteína vegetal texturizada, é uma ótima substituta de carne in natura, pois é de ser comprada e de rápido preparo, lembrando apenas que precisa ser bem temperada. Uma dica importante é treinar o preparo desses alimentos em casa, para que durante a viagem ou passeio garanta uma alimentação saudável, saborosa e que atenda sua necessidade energética diária.

Texto: Amanda Miranda e Beatriz de Andrade Vilela
Revista Bicicleta