Hoje, São Paulo tem cerca de 50 quilômetros de ciclovias. “Consideramos possível um circuito até dez vezes maior”, diz Maurício Broinizi, coordenador executivo do Movimento Nossa São Paulo, que apresentou à prefeitura em 2010 um plano de mobilidade para a capital.
O estudo analisou a implantação de uma rede mais modesta, de 170 quilômetros de ciclovias interligadas por uma linha estrutural e com ramificações nas 31 subprefeituras. Custaria cerca de 32,9 milhões de reais. Segundo pesquisa do Metrô sobre o uso da bicicleta, 70% dos ciclistas utilizam a magrela para ir ao trabalho.
“Por isso, os terminais de ônibus e as estações de trem e metrô precisam ter mais bicicletários”, explica Broinizi. Para Horácio Augusto Figueira, o ideal é que ciclovias sejam construídas de maneira segregada, distante dos carros. “No trânsito, os ciclistas só não são mais frágeis que os pedestres”, afirma.
Em Barcelona tem
O programa Bicing, implantado em 2007, prioriza as bicicletas nas ruas de Barcelona. Espalhados pela cidade, existem 413 postos de aluguel de bikes. Apenas os moradores estão autorizados a usar o serviço, que é pago (1,50 real por meia hora). O cidadão precisa se cadastrar para poder retirar e devolver a bicicleta em qualquer posto. A adesão superou as expectativas: há 190.000 usuários. O modelo custou 35 milhões de reais e disponibiliza 6.000 bicicletas. Uma cidade que tem focado a mesma alternativa de outra maneira, criando ciclovias, é Nova York. Nos últimos quatro anos, 410 quilômetros de via foram reservados aos ciclistas. Segundo a prefeitura local, essa medida reduziu em 40% o número de acidentes.
Foto: Marcelo Zanotti |
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